UM SONETO...?
(por Silvério Duque)
Bendito seja todo esquecimento;
bendita, também, seja toda sede
e tudo mais que nos desperte a carne
ou que nos torne estranhos ante o espelho.
Bendito o nosso instante mais impuro;
o que sobrou de nós e o nosso início –
tanto vazio e cor num só começo –,
tantas mortes das quais nos refazemos.
Que Deus nos abençoe por entre as pedras
com o ressoar cruel do vão destino;
e que eu O veja inteiro ( em cada passo )
– e que possas senti-Lo em meio aos braços
com os quais, na dor, abraças teus joelhos...
Bendita seja a paz destes silêncios.
Do livro "A Pele de Esaú"
(por Silvério Duque)
Bendito seja todo esquecimento;
bendita, também, seja toda sede
e tudo mais que nos desperte a carne
ou que nos torne estranhos ante o espelho.
Bendito o nosso instante mais impuro;
o que sobrou de nós e o nosso início –
tanto vazio e cor num só começo –,
tantas mortes das quais nos refazemos.
Que Deus nos abençoe por entre as pedras
com o ressoar cruel do vão destino;
e que eu O veja inteiro ( em cada passo )
– e que possas senti-Lo em meio aos braços
com os quais, na dor, abraças teus joelhos...
Bendita seja a paz destes silêncios.
Do livro "A Pele de Esaú"
o silêncio é sagrado e aí de quem não o escuta!!!
ResponderExcluirbeijoss